Para te esquecer.

Já eram três da madrugada, eu estava bêbada como de costume, me lembrei de quando ficamos da primeira vez e você repetia “Tem certeza? Você parece já estar bêbada” e para mim estava tudo ok, eu realmente não esperava me apegar, eu realmente não acreditava que você viraria o babaca que acabou se tornando.

Foram duas, três vezes que repetimos essa mesma cena nos finais de semana, os seus amigos já estavam me conhecendo, e eu já estava me apegando, e que pena que isso aconteceu comigo. Acabei vendo da pior maneira que “nós” só existe no meu vocabulário, porque no seu só existe eu + eu = não me importo. A sua matemática tão egoísta, fez com que eu tivesse que cair na real para não ser reprovada.

Naquela noite, eu te enviei um snap me divertindo, mas antes eu confesso que pensei muito se isso iria agregar em algo na minha vida, afinal o máximo que você iria fazer era visualizar e ver que deprimente seria eu bêbada dando o “ar da graça”. Convenhamos, para te esquecer eu teria que te apagar de todos os lugares, eu teria que parar de rir das suas piadas e não entender os sinais que você faz pelo olhar.

E eu não sei se estou preparada para isso, eu queria; mas não estou. Então te envio o snap e finjo que nada aconteceu, dou um sorriso falso para minhas amigas e falo que estou bem, mesmo não estando tão bem como queria. E vou fazendo assim, do meu jeito vou dizendo que nossa história não importa mais, não me abala, não faz com que meu coração acelere. Do meu jeito vou te esquecendo e vou entendendo que para te esquecer, é devagarinho, mas com o tempo tudo passa, tudo cura e tudo fica bem.